Recanto Literário

Qual o proveito das flores postas somente sobre o caixão? Têm mais valor as que são dadas em vida.

Textos

O juiz exemplar e os idiotas interno e externo

 

“O juiz que não resiste a pressão que mude de profissão e vá fazer outra coisa na vida”, disse solenemente o ministro Alexandre de Moraes. A frase, que foi dita anteontem, dia 22 de agosto, no 24º Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro, em resposta às injustas e vergonhosas provocações do ministro André Mendonça, é verdadeira e está corretíssima, tanto jurídica quanto gramaticalmente. Parabéns ao ministro Alexandre de Moraes, pela coragem e brilhante postura como magistrado! Parabéns ao Supremo Tribunal Federal, como Suprema Corte, e parabéns ao Brasil, pelo exemplar magistrado que têm!

 

Falo como cidadão brasileiro e advogado constitucionalista e administrativista que sou. Principalmente como cidadão brasileiro, não poderia deixar de me manifestar e escrever esta crônica, a qual haverá de ser perenizada em breve, mediante sua publicação em livro. A crônica é o meu gênero preferido e a minha principal forma de escrever livros. Com efeito, fico feliz e, deveras, agradecido pela oportunidade. Demais disso, é necessário falar, pois é crucial o momento por que passa o país.

 

Publiquei a frase no meu perfil do Facebook, rede social em que também expresso minha opinião. Está lá, posta para o mundo, com a velocidade e o alcance que nos permite a internet, ou, como se queira, rede mundial de computadores. E lá, aproveitando oportunidade, dei, à guisa de aviso, uma pequena aula sobre a crase, fenômeno gramatical muito interessante, posto que desconhecido por muitos, até por quem tem a obrigação de o conhecer e dominar. É incrível o número de pessoas que saem escrevendo por aí expressões absurdas, como “agradeço à Deus”, “muito obrigado à todos”, e assim por diante.

 

Pois bem. Na frase de Moraes não existe crase e, porque não existe crase, não pode haver acento grave no “a”. Crase ninguém põe nem tira: ou ela existe e, existindo, deverá ser assinalada graficamente; ou não existe e, não existindo, não haverá por que acentuar. Erro grosseiro, do ponto de vista da gramática normativa, sair por aí dizendo que alguém pôs ou não pôs a crase neste ou naquele lugar.

Assim, escrevi, lá no Facebook, à guisa de comentário à minha própria postagem:

 

Aviso aos desavisados! Aí, o correto é assim mesmo, sem acento grave no ‘a’, pois não existe crase aí para que seja assinalada graficamente, uma vez que a palavra ‘pressão’ nesse contexto é indeterminada. Esse ‘a’ aí é apenas a preposição, não existe aí o artigo feminino ‘a’, que com a preposição formaria a crase. No caso, o expressão ‘não resiste a pressão’ é a igual à expressão ‘não aguenta pressão’, ‘não resiste a aperto’, e assim por diante. Sem artigo definido feminino ‘a’.

 

Quanto à vergonhosa atuação de Mendonça e às criminosas investidas de Donald Trump contra o Brasil, relembro que não somos colônia nem quintal de ninguém. O Brasil não é colônia nem Trump, the Big Jerk, é xerife do mundo. Aliás – Trump, a quem sempre chamo de “the Big Jerk”, ou seja, “o Grande Idiota” –, está afundando os Estados Unidos da América. Bem feito para os sem-noção de extrema direita que o elegeram! Trump está levando para o buraco, com velocidade assustadora, a hegemonia mundial dos Estados Unidos. Só não vê isso quem não quer ver. Trump e Bolsonaro haverão de ir para o lixo da história – aliás, já estão nele e dele não sairão.

Valdinar Monteiro de Souza
Enviado por Valdinar Monteiro de Souza em 24/08/2025
Alterado em 24/08/2025


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